Sou suspeita para falar do Woody Allen, amo as suas maluquices encantadoras, as suas referências deliciosas, seus personagens maravilhosos e complexos. Neste filme ele retrata quatro diferentes histórias de encontros e desencontros na charmosa Roma, com uma trilha sonora linda.
Seu personagem, Jerry, casado com uma psicóloga, Phyllis (Judy Davis), vão para Roma conhecer o noivo de sua filha. Ele, paranoico por estar aposentado, se sentindo inválido, fica encantado com a voz do sogro da filha e faz de tudo para produzi-lo.
Leopoldo Pisanello (Roberto Benigni) é acostumado com a sua vida pacata, casado, dois filhos e seu emprego. Vira celebridade do dia para a noite, sem motivo algum. Mulheres lindíssimas, elegantes e cobiçadas começam a achá-lo interessante, sem necessidade alguma de diálogo. A meia calça rasgada, sem querer, de sua esposa, vira moda. E da mesma forma que a fama começou, também acabou. E o que incomodava em não entender como ficou famoso, o incomodou em não entender como a fama desapareceu.
John (Alec Baldwin), um renomado arquiteto, cruza o caminho de Jack (Jesse Eisenberg), estudante de arquitetura e namorado de Sally (Greta Gerwig). Jack e Sally recebem Monica (Elle Page) por um tempo, Jack acaba se apaixonando por Monica. John é uma mistura de conselheiro amoroso e uma espécie de 'manifestação' da juventude de Jack, não é muito claro se ele realmente existe, mas com certeza sua participação é bastante válida.
Milli (Alessandra Mastronardi) e Antonio (Alessandro Tiberi) formam um jovem casal que sai do interior e vai para Roma tentar mudar de vida. Milli é ludibriada pela cidade grande, pelo ator que é considerado o mais sexy, pelo fato de ter uma história pra contar para os netos (seja lá qual for). Enquanto ela sai para procurar um cabeleireiro, Antonio recebe a visita inesperada de Anna (Penélope Cruz), uma prostituta, e tem que saber contornar a situação diante da sociedade.
É um filme sensacional com a cara do Woody Allen. Histórias diferentes, auto-referência, simplicidade...
ResponderExcluirAcho que a simplicidade é o que a crítica que elogia mega-produções (que acabam sendo chatas) não consegue entender e acaba sendo tão negativos.